terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Então para não fugir ao estilo do blog, aqui vai mais um conto, este é mais silencioso! Parem um pouco e depois como de costume digam o que pensam…

PALAVRAS

O padre do convento tinha passado toda a tarde com um grupo de jovens que queriam entrar para a Ordem religiosa. Falou-lhes da atitude de contemplação.
Ao fim do dia, convidou os jovens a um momento de oração. Pediu-lhes que fizessem um esforço de muito silêncio interior. E disse:
- Agora vamos rezar. Cada um de vós dirá uma oração que tenha no máximo … uma palavra. Depois, escutemos o silêncio.
Os jovens, passados uns instantes, começarem a dizer palavras em voz alta. O primeiro disse apenas “Oh”, uma simples exclamação. Os outros foram dizendo mais palavras: Senhor, Deus, Pai, Luz, Fogo, Amor, Justiça, Fonte, Santidade, Alegria, Paz…
Fez-se um largo silêncio. O padre que orientava a oração, concluiu dizendo: “ Ámen”.
Ao retirarem-se, um dos jovens perguntou-lhe ingenuamente:
Senhor Padre, qual a melhor das palavras que foram ditas?
- Todas, porque todas falam de Deus.
- E se tivesse de escolher apenas uma?
- Eu escolheria a primeira, “ Oh”. São duas letras, e uma delas é muda. Elas expressam o que podemos dizer acerca de Deus.


COMENTARIO

É preciso falar de Deus com modéstia. Ele é infinito e nós somos seres finitos. As nossas palavras são incapazes de definir o mistério de Deus.

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